Mais uma dica, mas dessa vez não tem relação com música.
Seguinte: um grupo de seis estudantes do quarto período do curso jornalismo da PUC-Rio, na busca de um lugar ao sol, colocaram no ar o blog Desce 1 Lead, onde colocam em prática o que aprendem em sala de aula. Entre as primeiras postagens, destaco a cobertura de uma passeata realizada por alunos da universidade contra a absolvição do padrinho Renan Calheiros, no última quinta-feira.
Vale a pena acompanhar.
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Finalmente li Medo & Delírio. Em dois dias.
O que eu posso dizer? É muito, muito f*#@! O tipo de livro que quando se começa a ler, não dá para largar.
Melhora se você já tiver assistido o filme (você já assistiu, não?!). Só não saia por aí dizendo que se trata de um livro “bem baseado no filme”. Pega mal…
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“Amor é besteira. Emoção é besteira. Eu sou uma rocha. Um panaca. Sou um babaca insensível, e tenho orgulho disso.”
Chuck Palahniuk sabe como chocar. Estou terminando de ler No Sufoco e, definitivamente, Victor Mancini, o autor da frase acima, é um dos personagens mais repulsivos que encontrei nas páginas de um livro em muito tempo (nota: Derek Delano, criação da Lolita Pille em Bubble Gum, faz parte de outro departamento, o de personagens babacas, mas geniais). Mas até que dá pra entender (não disse nada sobre concordar com) o lado dele – que, entre outras coisas, freqüenta grupos sexólatras anônimos de vez em quando com a intenção de conseguir parceiras – de vez em quando.
Pense em um relacionamento. Duas pessoas. Duas cabeças. Dois mundos.
Você e ela passam juntos alguns (quase sempre) felizes meses, ou anos. E quando termina você se pega questionando se aquilo tudo foi mesmo real. Ela era de verdade? A pessoa que você foi enquanto estava com ela era uma pessoa de verdade? As lembranças que você tem… será que tudo foi exatamente da maneira como você se recorda?
A questão não é ignorar o aprendizado(mesmo que seja apenas para você saber bem sobre coisas que jamais gostaria de repetir) que se tem ao dividir trechos da sua vida com outra pessoa. O problema é o depois. Para ser mais exato, aquele tempo entre tirar a poeira da relação passada e se apaixonar novamente.
A fase Manciniana: “deixe o amor para os amadores” (pra usar o título do cd dos Rectrovisores como referência).
Mesmo aceitando a idéia de que ser um “babaca insensível” pode nos poupar muitos problemas, não é algo digno de orgulho.
Sou do time dos que acreditam que vale a pena arriscar. Vale a pena torcer para encontrar aquela garota, naquele horário, naquele ponto de ônibus, naquela estação do metrô. Vale inventar desculpas para conseguir o número do telefone daquela prima do seu amigo. Vale a pena bancar o interessado em assuntos que te causam sono só para ver aquela pessoa sorrir. E se suas investidas derem resultados, vale a pena estar ao lado dela, se permitir enxergar as coisas por uma ótica diferente, criar lembranças que, tempos depois, vemos que não foram assim tão verdadeiras.
Acho que é por isso que ando chato ultimamente (ok! eu sou chato, mas quero dizer, mais que o habitual).
Uma pessoa uma vez me disse que fico bem quando estou apaixonado. E se ela tinha razão… talvez eu precise me apaixonar novamente. O quanto antes.
setembro 24, 2007 às 2:49 am |
Duas coisas:
1- forçar qualquer coisa é o primeiro passo pra coisa dar errado, a única coisa que pode fazer um relacionamento dar certo de verdade é ser vc, por mais cliche que isso pareça!
2- vc fica mais chato sem estar apaixonado ou apaixonado? decida-se… ;] hauahauahua
setembro 24, 2007 às 3:06 am |
Apesar do meu ‘self-hate’, ahahahahaha… eu concordo com você!
Engraçaaaaaado, eu não te acho chato! Deve ser poq sejamos, os dois, uns ranzinzas, reclamões! Ahahahahahahaha!
Conselho? Não procureee, isso atrai muita coisa ruim! =/ Deixa que o amor acha a gente! Sempre acha… mesmo não sendo sempre bom depois que acaba!
Te amo mano! ;*
setembro 24, 2007 às 3:15 am |
Carina:
não sei…
eu sou só um cara de peruca rasta beliscando barrigas alheias nas festas por aí.
Joana:
to procurando não. só não concordo com a postura de Victor Mancini de simplesmente rejeitar possibilidades.
setembro 24, 2007 às 4:11 am |
chuck e hunter são fodas
loucos e destrutivos, cada um em um nível e a sua maneira!
e mais uma coisa: “vale procurar sim, mas é o acaso que liga todos os caminhos” 😉
grande abraço
setembro 24, 2007 às 4:12 am |
um “p.s.” em relação ao post anterior
The Invisibles é legal!! 😛