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fevereiro 20, 2008

Como vocês já devem ter percebido, esse blog está parado. E sem previsão de retorno.

Enquanto isso, vou postando lá no wilcoetc mesmo.

Fim de jogo

fevereiro 1, 2008

Atravessa a rua em passos largos, respiração ofegante, fora da faixa e sem olhar o sinal. Vozes e buzinas ao fundo, ou ao menos o que pensa ser vozes e buzinas, já que não vê, necessariamente, qualquer pessoa ou carro. Só borrões. Cores distorcidas, figuras embaçadas. Delineador e lágrimas sujando as pálpebras, manchando a pele.

“Ele não tinha esse direito!”

Mais raiva que tristeza. Estranho, mas é decepção também. E é mais raiva que surpresa, embora ela não esperasse por isso.

Gostaria de fazê-lo engolir cada palavra depois do terceiro copo e do sétimo beijo, as mãos em sua coxa e o “preciso lhe contar uma coisa”. Se soubesse… se ela soubesse… o teria beijado outra vez, iria ao banheiro, voltaria se fazendo de desentendida. E se ele voltasse a dizer que precisava contar algo, diria “Tudo bem, me conta depois. Agora eu só quero que você me leve pra casa”, disparando um sorriso cínico do tipo “você entende o que eu digo”.
Ao menos por mais uma noite, ele teria deixado pra lá, não?

Eram só saídas. Saídas e sorrisos, alguns copos, algum suor, alguns suspiros, mas… não era sério. E era bom assim, ela acreditava.
“Aquele imbecil…”
Não houve necessariamente um começo. Não um começo especial, alguma data, algo que consiga se lembrar. E assim, já não saberia mais contar o tempo. Também não saberia dizer quantas outras pessoas haviam cruzado o seu caminho desde então (“ele também teve os seus momentos, não?”).

“Eu não entendo! Eu simplesmente NÃO ENTENDO! Não era pra ser assim… não, não deveria! Cada um em seu lugar, e tudo segue. Sempre que nós dois quiséssemos, mas… isso não quer dizer que… não, não pode ser assim!”

Senta no segundo degrau da curta escadaria de seu prédio. Acende um cigarro, desliga o celular. Aperta os olhos como se assim pudesse apagar de sua mente aquela lembrança recente: ele segurando sua mão, ele desviando o olhar, aquelas frases pausadas, a procura pelas palavras certas, o toque em seu rosto e o maldito “eu me apaixonei”.

Não havia mais nada a ser feito.
Se houvessem regras, ele certamente as tinha desrespeitado.

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janeiro 18, 2008

O show de lançamento do cd da Columbia ontem, como eu já suspeitava, foi beeem bacana. Bom som, bom repertório (músicas do cd + covers para Yellow, do Coldplay, Champagne Supernova, do Oasis, e Santa Chuva, composta pelo Marcelo Camelo e gravada pela Maria Rita – valorizada numa versão com a cara da banda) e casa lotada.
Casa lotada, aliás, quase foi problema…
A Lu tinha deixado pra comprar o convite na hora do show, mas pouco antes de chegarmos lá, ficamos sabendo que as entradas estavam esgotadas. Mas foi tudo bem. Por fim ela conseguiu uma credencial e entrou como minha fotógrafa (e até que, de umas 30 tentativas, umas 5 fotos ficaram bem legais… rs).

Estou com o cd em mãos e pretendo resenhá-lo nos próximos dias. Assim que o texto sair, aviso por aqui.
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Voltei com o esquecido wilcoetc. Aquele mesmo esquema de antes: de tempos em tempos posto alguma coisa relacionada à alt-country, folk e congêneres por lá.

Melhores do ano – Scream & Yell

janeiro 15, 2008

Sairam as listas de melhores do ano segundo o Scream & Yell. Depois dê uma passada lá pra conferir.
Os top 7 são resultado da opinião de 91 vontantes, incluindo a minha.
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E a boa dessa semana? Quinta-feira lá no Oi Futuro, lançamento do cd da Columbia. =]

Depois

janeiro 13, 2008

Dias nublados, canções ensolaradas, viagens longas, frases curtas.

– Tá pensando em quê? – Ela me pergunta depois de alguns minutos de silêncio, olhos mirando o nada e cotovelos apoiados pouco acima dos joelhos.
– Oi? Ah… nada demais.

Calça jeans, mensagens de texto, o disco do Primary 5, dedos entrelaçados, analgésicos que não surtem efeito.

– Você tá meio distante…
Bobagem. São dois palmos, ela deitada, eu sentado.
– Não é nada, sério. Impressão sua.

Janelas abertas, a cortina se movendo devagar, sinal de brisa lá fora. Tomara que refresque. Tem feito muito calor por esses dias.
Nomes de cachorro, séries de tevê, rasuras no cartão-resposta de um concurso público para o qual não vou passar. A nova banda de uma antiga promessa a futuro grande compositor brasileiro, um copo de café, detalhes em
Vanilla Sky, perfumes, loções, vestidos e sapatos.

Olho para o lado e ela dorme. Peço um beijo e ela resmunga algo que não entendo. Toco seu braço, acaricio seu rosto, ajeito seu cabelo. A cubro com o lençol, beijo sua testa, pego minhas coisas e vou embora. Pensando em nada.

mono.tune

janeiro 10, 2008

Recebi aqui em casa o cd The worst day with the best person, do mono.tune. Belos violões, boas guitarras, baterias programadas, arranjos e melodias vocais que passeiam entre Radiohead (fase OK Computer e The Bends) e Elliott Smith são receita para uma banda de potencial.
Felipe Sanchez
Inicialmente uma one man band, projeto de Filipe Consoline (guitarrista e vocalista, responsável por compor, produzir e gravar as 9 canções do cd), o mono.tune veio a se tornar banda com a adição do baixista Ravi e do guitarrista Pedro Machado (nas apresentações ao vivo, as baterias também ficam por conta de programações).

Em The worst day with the best person, pelo menos quatro canções merecem atenção. Pela ordem: Poor Heart And It Troubles, Once and Again, Know End LostLove (minha favorita) e Getting Alone.

Tá aí uma banda que merece ser ouvida.

o que você não quis dizer

dezembro 28, 2007

conheça o novo site da columbia

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dezembro 23, 2007

Só para avisar que tanto eu quanto o blog ainda estamos vivos.
Só estou realmente sem tempo e anda um bocado difícil parar por aqui pra atualizar.
Volto assim que for possível. =]

Boooas festas pra todos e cuidado com os exageros.

A Curva

dezembro 18, 2007

Ia,
só que parou.
Fez que voltava
e não voltou.
Dobrou.
Tentou.
Mudou de estrada,
mas enguiçou.
Retornou.
Remoeu.
Repensou…
Recomeçou.

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dezembro 13, 2007

Impossível enumerar aqui as razões para dizer que minha vida na última semana foi de uma bagunça terrível. Mil coisas, entre chatas, boas, chatas-pra-cacete, ruins e muito, muito boas (e inesperadas).
Mas tudo bem por esses lados. Só me resta dizer que tudo está se ajeitando, e o que ainda não está, há de se ajeitar em breve. =]

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ps.: quando você acha que já conheceu gente doida de tudo quanto é tipo, alguém aparece pra te surpreender…