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“Um Táxi Com O Marillion”, por Carlos Eduardo Lima

janeiro 31, 2007

Exceção por esses lados. Acho que é a primeira vez que reproduzo assim, na íntegra, o texto de outra pessoa. Trata-se de Um Taxi Com O Marillion do CEL, que recentemente participou do projeto Mojo Books, escrevendo sua versão literária de Comes A Time, do Neil Young.

Quatro razões para gostar desse texto: a) Marillion é, por mais que eu fique muito tempo sem ouvir, uma banda do coração; b) a forma como o CEL escreve, pontua etc é o tipo de escrita que me agrada e de certa forma até inspira (muito do que ele diz ao longo do texto poderia vir a ser dito por mim daqui algum tempo, sem falar em coisas que eu talvez já tenha dito, com outras palavras); c) gente que entende de música como ele, o Mac, o Inagaki e outros são sempre dignas da minha admiração; d) to catando quase tudo do cara no slsk agora.

Com vocês, o texto:

 

Um Táxi Com O Marillion

Você lembra de 1985? Eu lembro. Há vinte anos que procuro por alguma coisa que ficou perdida naquele ano estranho. Sabe como é, algumas desilusões, algumas frustrações, algumas empreitadas bem sucedidas, uns poucos arrependimentos, afinal de contas, ter quinze anos em 1985 ainda era algo light e que exigia pouca responsabilidade para com os outros e o mundo. De qualquer forma, por uma maneira um tanto óbvia, me lembro de 1985 em forma de música. Só que, como já disse em outras Blips do passado, a música tem uma característica estranha de se travestir de acordo com o grau de afeto que sua memória lhe confere.

Explicando: se você viveu um momento bom e ele, por algum motivo, foi sonorizado por uma música ruim, um abraço para você, sua trilha sonora vai obrigatoriamente passar por aí em recordações futuras. A minha trilha sonora internacional de 1985 gira em torno de quatro discos. The Head On The Door, do Cure; The Dream Of The Blue Turtles, do Sting; Songs From The Big Chair, do Tears For Fears e Misplaced Childhood, do Marillion. Sei que poderia ser muito melhor. E também pior. Para minha felicidade, Dire Straits não grudou na minha cabeça nessa época. Mas não posso exatamente contar vantagem do que me lembra esse ano tão querido.

O grande lance nisso tudo é que eu não tinha o Misplaced Childhood do Marillion há até poucos dias. E comprei hoje. Explico: em 1985 eu tinha o vinil. No advento do CD, a obra dos progressivos ingleses foi adquirida prontamente. Nas idas e vindas da existência, o disquinho veio e foi. E, para minha surpresa, ele foi e não voltou. Erro corrigido hoje. Com classe. Me dei ao trabalho e ao gasto de comprar uma versão dupla, com o disco propriamente dito e uma série de outtakes e lados B. A glória maior que eu poderia querer.

Eu precisava ouvir aquilo de qualquer jeito. Das músicas em suíte, que formavam o antigo lado A do vinil, eu ainda sei a letra de cor. São mais de trinta minutos ininterruptos de verborragia simbolista, parida pelo então vocalista Fish, sobre juventude perdida na Inglaterra oitentista. Dane-se, eu amo. A caminho do trabalho, atrasado, tive que lançar mão de um táxi e, surpreso com minha própria cara-de-pau, perguntei ao senhor que dirigia o Santana se ele poderia dar a licença de ouvir o disco. O senhor ouvia tango, Por Uma Cabeza, conhecido por muitos como o tango que toca em Perfume de Mulher, no qual Al Pacino dança com Gabrielle Anwar. Enfim, o tango, que é lindo, foi sacado do CD player e deu lugar à versão alternativa de Heart Of Lothian. E eu cantei a letra toda, com vontade, imitando o sotaque escocês de Fish.

Vibrei nos maravilhosos e um tanto flácidos versos “It’s six o’clock in the tower blocks, stalagmites of culture shock, and the trippers of the light fantastic boedow, hoedow, spray the pheremones on this perfume uniform”. Ou “The anarchy smiles in the royal mile” ou ainda “Rooting tooting cowboys with lucky little ladies on the watering holes, they’ll score the friday night goals”. Nossa, isso tudo é muito legal. Cantando loucamente no táxi atingi o bairro da Tijuca, local de trabalho. Agradeci imensamente ao motorista e percebi que saltei do táxi com quinze anos de idade. Quase parecia que era do velho Integração Metrô-Ônibus que eu saltava, rumo ao velho Colégio Santo Agostinho.

Sobre o disco do Marillion, recorro à velha verdade de que não adianta entender baldes de música, basta sentir alguma coisa boa para a música ser boa. Com quinze anos a gente entende melhor essa máxima do que com 34. Ou mais. Talvez seja um caso de inversão proporcional do gosto, vá lá saber. E, só pra constar, esse é o disco que tem o maior hit da carreira da banda, Kayleigh. Só soube que era um nome de mulher recentemente. Talvez com quinze anos eu intuísse essa verdade.

Ponha essa venda nos meus olhos.

janeiro 27, 2007

Texto escrito (ou pelo menos postado) em 24 de abril de 2005.
Para entender, leia o post anterior.

***

Certas coisas deveriam simplesmente não acontecer. Como quando aquela vez em que você apareceu no tal ensaio, de uma banda que nem sequer chegou a acontecer. Lembro de como você estava sem graça, ali, sentada, olhando para cada um de nós, talvez prestando atenção na crueza do som, ou no prazer que aquilo, apesar de tosco, nos proporcionava.
Você deixava escapar sorrisos, que eu praticamente ignorava, quando um de nós fazia alguma piada.
O baterista olhava. O guitarrista olhava. Mas você era a garota do baixista.
Certas histórias deveriam ser rasgadas antes que pudessem se tornar realidade. Como quando fomos todos nós (eu, dois amigos, umas novas amigas – entre elas, você), no medíocre cinema local.
Algumas verdades não deveriam ser reveladas. Como quando você me contou de tudo que havia sentido um dia.
Há pessoas que deveriam saber esquecer, desistir, abrir mão, mas no tempo certo. Diferente de tudo o que eu fiz, que insisti, que cavei, que quis trazer a tona algo que já havia apodrecido dentro de você.
Há frases que não devem ser ditas, possibilidades que não devem ser cogitadas, oportunidades que devem ser esquecidas.

Nunca fui forte.

Deveria haver alguma forma de desfazer coisas das quais os efeitos foram os piores possíveis.
Eu passo os dias tentando aceitar, e as noites tentando lhe convencer, e aos meus amigos (os poucos que sabem de tudo, ou quase tudo), e mesmo a mim, que estou errado, que nunca existiu nada, que nunca valeu a pena, que se aconteceu, agora é apenas passado, e que meu coração está vazio, como naquele dia de chuva, em que conversamos bobagens, sem que certas cortinas houvessem sido abertas.
Mas não está.
Meus sorrisos nunca foram tão plásticos. E você… talvez não desconfie disso.

Não é fácil simplesmente apagar da mente todos os dias, todas as palavras, cada olhar, cada movimentar de lábios, cada abraço. Eu gostaria de aprender com você, que, pelo jeito, conseguiu facilmente desempenhar sua missão.

Eu vou fingir, festejar, sorrir. Vou celebrar tudo o que eu não sou, tudo o que nunca fui, e tudo o que não tenho certeza se chegarei a ser um dia. Tudo o que eu não digo, em cada entrelinha, não só do que eu escrevo, mas do que vivo, do que falo, mesmo quando os assuntos são outros.

Sobre certas histórias, não consigo simplesmente contá-las, com começo, meio e fim. Talvez por não existido cada um dos três estágios de forma definida. Por isso sempre complico um pouco mais.

Mas hoje não tem festa, não tem amigos e nem analgésicos. E é por isso que talvez, só por hoje, eu não esqueça de coisas que nunca deveriam ter acontecido.

Voltando, mudando…

janeiro 27, 2007

Sacudindo a poeira, levantando a cabeça. Talvez não haja motivos para dizer “saindo da fossa” (não cheguei a necessariamente entrar nela), mas se você quiser, pode imaginar essa frase também.

Começo a por minha idéias em ordem, então acho que posso voltar com o blog. Só que, como no momento estou com preguiça de escrever algo novo (e talvez por uma ou outra razão), vou de arquivo (de arquivos, na verdade, mas o outro texto fica para um próximo post).

Mudei muito desde quando escrevi esse texto que vou desenterrar no próximo post. Mas a gente só percebe certas mudanças depois que o tempo passa, não é sempre assim?
Mudei muito desde junho de 1999, desde agosto de 2001, desde março de 2005,  ou abril de 2006. E quer saber? Ainda tenho MUITO pra mudar.

Ainda bem.

Não há de ser nada.

janeiro 17, 2007

Faltam palavras. E como diria Jeff Tweedy, “quando eu não sei o que dizer, eu canto”.

Muito obrigado, viu?

“E essa é uma canção para dizer adeus…”

Eu e o mundo

janeiro 14, 2007

Texto sem revisão e inacabado. E sem previsão de quando vou acabar.
***

I

De segunda à sexta. Da faculdade ao trabalho, do trabalho para casa. Para o apartamento. Para o nosso apartamento. O meu apartamento. Na verdade, isso nunca fez muita diferença. Entre o bom dia apressado de segunda-feira e o sexo de quase despedida do começo da manhã de sexta, até que a gente se divertia.
 O meio da semana, passávamos juntos. Sempre. Os finais não. Nunca. Ainda na noite de sexta você esquecia a faculdade e voltava pra sua cidade natal, pra sua vida normal, voltava para o namorado idiota (e corno, diga-se de passagem), enquanto eu… esperava a manhã de sábado para aparecer na casa dos meus pais, levar a roupa pra lavar, brincar um pouco com o cachorro, assistir desenho animado com meu sobrinho de quatro anos, comer, dormir e, de vez em quando, correr atrás de alguma garota no final da noite.

É estranho entrar nesse quarto agora e não sentir o perfume da sua loção. Ou então chegar do trabalho e não sentir o cheiro do baseado que você sempre fumava às escondidas e depois acreditava disfarçar com alguns poucos segundos de incenso aceso. Nossas ondas sempre foram diferentes, mas… você sabe: sempre achei que você ficava demasiadamente sexy com os olhos pequenos e o sorriso relaxado. E – acho que você sabe disso também – mesmo não gostando da banda, mesmo tendo debochado de você algumas vezes, adorava lhe ver vestida com aquela imensa camisa do Nirvana, capa do Bleach, que engolia seu tronco mas cobria só um palmo das suas coxas. Gosto de lembrar de você, vestida com essa blusa, se revirando entre os lençóis e me perguntando as horas.

Corrija-me se estiver errado, mas acho que sempre conversamos muito sobre o que gostávamos e o que não gostávamos. De filmes à bandas, de comidas à posições, de cidades à pessoas. Dos outros à nós mesmos. E acho que foi numa dessas que você se queixou de eu jamais ter dito que te amava. Fiquei sem resposta, eu acho. Saí pra uma cerva. Mas… caralho! Se eu não havia dito, era porque não amava, porra! Pra que mexer nisso?! Eu gostava de você, não gostava?! Não demonstrava gostar?! Até onde eu via, estava de bom tamanho assim. Ainda bem que ficou só nisso…

Um plano mesmo, isso nós nunca tivemos. Tínhamos, mais ou menos, uma idéia de como as coisas poderiam vir a ser depois que você se formasse: com o diploma, você arrumaria um emprego melhor, nós arrumaríamos um apartamento melhor e assim os nossos meios de semana seriam sempre os melhores possíveis. Seriam melhores até do que nossos finais de semana no distante mundo real.
 Há menos de um ano você se formou e, é claro, eu não fui na formatura. Sua família inteira foi, seu namorado foi, seus velhos amigos foram, mas eu não (tudo bem: eu vi as fotos, assisti o dvd, você estava linda – apesar de séria demais e um pouco que visivelmente desconfortável com o salto que sempre afirmou odiar – e tudo mais). Em dois meses, arrumou o tal emprego melhor. Em algumas semanas, conseguiu transferência, lá pra perto da sua cidadezinha. E, claro, foi embora.
 Porra! É óbvio que eu nunca pensei que seria eterno, mas essa coisa de “eu te via demais” e “enjoei de te ver todos os dias, sabe?”, isso não cai bem! Ainda mais quando, depois disso, você simplesmente some (eu não iria mesmo ligar pra sua casa na roça) e, depois de mais um tempo, vai morar com o tal cara. Não é ciúme nem nada assim, mas… poxa, pensa comigo: você tá morando com um cara (e é algo sério e tal…), meus melhores amigos já tem filhos (um dos amigos dos tempos do colégio tem dois, aliás!), um colega só um ano mais velho que eu dá aula de história e é vice-diretor de uma escola… um monte de coisa assim. Enquanto eu… sou só um cara com um emprego razoável que passa os horários de folga assistindo desenho animado com o sobrinho ou brincando com o cachorro! Sei lá, bate aquela sensação de que fiquei parado, sabe?

E eu só tenho 23! Não me venha falar em crise dos 30!

II

Bateu a insônia. Aquela séria, que eu sempre lhe dizia ter tido alguma vezes, lembra? Passei duas semanas seguidas dormindo, no máximo, umas duas horinhas, entre socos no travesseiro e mudanças de posição na cama. As olheiras já estavam no queixo quando resolvi procurar ajuda médica. Não queria nada demais. Só uns ansiolíticos. Um simples “Insônia?! Tome esse remédio três vezes ao dia” já estaria de bom tamanho. Ao invés disso, a “doutora”, depois de ouvir minhas reclamações (sobre como eu não durmo mais, sobre como minha quase esposa me deixou para morar com o namorado corno, sobre como eu me sinto estranho e infantil ao ver que todos os meus amigos, de alguma forma, são tão sérios e adultos) me pede pra ficar em pé, dar uma voltinha (exatamente com as palavras “dá uma voltinha, por favor”) e diz até que eu sou “jeitozinho”, e que “deveria tomar vergonha na cara, praticar um esporte, entrar numa academia” porque, segundo ela, “você até que dá um caldo”.

Sabe que a idéia da academia até que não é tão ruim assim? De repente faz bem pra auto-estima. E um pouco de atividade física, algo saudável… não deve fazer mal.

Em todo caso, vale a pena ligar para aquela amiga que me conseguiu os ansiolíticos das outras vezes.
***

Scream & Yell e o Top 7

janeiro 12, 2007

Finalmente saiu no Scream & Yell a lista de melhores de 2006. Com 92 votantes, até que o resultado foi interessante.
Curioso mesmo é conferir os votos individuais e descobrir, por exemplo, que tem gente que realmente leva o Sebastião Estiva ou o CSS em consideração, ou então a cara de pau de quem elegeu o próprio blog como um dos melhores do ano, só pra completar a lista…

novas

janeiro 11, 2007

Lembro de uma vez em que, eu, ainda um garoto no ensino médio, numa época em que Deep Purple  (fase David Coverdale) era minha banda favortia e que discos do Marillion (deles mesmos!) e do Pink Floyd excerciam certo fascínio, tive em mãos uma edição da Rock Press com uma longa matéria por ocasião do lançamento da coletânea Echoes (se comprei ou catei a revista de alguém de algum ano inferior ao meu… isso eu não recordo). Gostei do que li e, por algumas vezes depois disso, me peguei debruçado sobre uma banca de jornal folheando, lendo alguma edição da revista quase que inteira para depois devolvê-la ao jornaleiro.

De lá pra cá, muita coisa aconteceu. Da formatura aos seis meses deitado no sofá antes de entrar na faculdade, das minhas crises de insônia às ex-namoradas neuróticas, da maior dedicação à leitura, das mudañças no gosto musical passando pela calvície em ascensão, e, claro, do fim da edição impressa da Rock Press para a consolidação da sua versão digital.

Ontem fui chamado para colaborar com o site.
Não é um emprego e talvez não pareça a coisa mais interessante para você mas, para mim, só por esse momento de “satisfação nostálgica”, já valeu.

Quando sair a primeira matéria eu aviso por aqui.
***

E sobre o texto que citei no post passado… bem, tirando a primeira parte, vou reescrevê-lo assim que tiver um tempo. Do jeito que estava poderia ter alguns amigos chateados comigo… heheh

peraê!

janeiro 8, 2007

Continuo um pouco ocupado com algumas pesquisas referentes à minha monografia (no momento, mando email para algumas dezenas de amigos e possíveis contatos que possam me ajudar a desenterrar certas revistas especializadas em jornalismo musical, como as primeiras edições da Rolling Stone Brasil, a Somtrês e a Pop).

Passo aqui rapidamente só pra dizer que devo postar texto novo em breve. Um conto. Que de “novidade” mesmo, vai ter pouca coisa, e que não vai desmerecer nenhuma crítica já feita ao meu respeito (como, por exemplo, a de que sou um “beócio escritor de idiotices” ou a de que, nos meus textos “sempre tem algum tipo de desencontro, ou alguém morrendo, ou alguém indo embora”). Como provavelmente dirá o Falcão: “Pedaços do cotidiano, parte 2597”.
O que me “incomoda” nesse caso é a idéia de que o mundo girou. O mundo girou e muitos de nós (você, eu, nossos pais, alguns de nossos grandes amigos) não percebeu isso.

Mas é ficção. É um conto. Ainda que, por vários momentos, feito com retalhos de histórias de amigos (ou mesmo minhas), não é realidade.
E para os amigos que serão citados: pode deixar que não vou deixar nada tão evidente assim.

Volto assim que o tal texto estiver pronto.

=(

janeiro 6, 2007

Momento triste:
O primo de um bom amigo cometeu suicídio hoje mais cedo. Deixou um bilhete de despedida, algumas fotos misteriosas no orkut e mudou o nome dele no perfil para “R.I.P. 1981-2007“.
Sofria de depressão desde a adolescência. Agora já não sofre mais. Mas… e os que ficam? E os parentes? E os amigos?
Por maior que seja sua tristeza, é justo acabar com sua dor assim e deixar todos que gostavam de você com esse estranho sentimento de perda para o resto de suas vidas?

É esse tipo de coisa que me faz pensar…

Força, Kleber! Estamos aí, meu irmão!

o grande (e injustiçado) disco de 2006

janeiro 2, 2007

2006 acabou. E agora é a época em que, para a alegria de uns e angústia de outros, começam a pipocar por aí algumas dezenas, centenas de listas de melhores e piores do ano – das mais chatas às mais divertidas.

Uma injustiça que fatalmente acontecerá é que, no quesito “Disco do Ano”, a maioria dessas listas deixará de fora o belo Make Me Armored, dos novatos The Scourge Of The Sea – uma banda tão bacana que, se fosse devidamente noticiada, não tenho dúvidas, conseguiria uma boa dúzia de fãs por esses lados (infelizmente, alguns de nossos maiores formadores de opinião passaram 2006 mais preocupados em vender coisinhas como Arctic Monkeys e tosquices como Cansei de Ser Sexy).

A coisa é tão complicada pro lado do TSotS que até eu, que agora estou aqui chamando Make Me Armored de “disco injustiçado”, mesmo já tendo falado deles (ainda que rapidamente) por aqui, cheguei a deixá-lo de fora da lista que enviei para o Mac, do Scream & Yell (erro corrigido alguns dias depois – e o Graham Coxon, o excluído, que me desculpe).

Pois então, faça assim: se você ainda não fez a sua lista, ouça essa banda primeiro.

Eu (que agradeço ao Young por ter conhecido a banda), siceramente, espero que um dia o TSotS alcance o reconhecimento que lhes é merecido.